Simbólico
Lacan denomina de simbólico o sistema de
representação baseado na linguagem, ou seja, em signos e significações que
determinam o sujeito à sua revelia, permitindo-lhe referir-se a ele consciente
ou inconscientemente. "O simbólico é inseparável dos outros dois
registros: imaginário e real, formando os três uma estrutura"(Roudinesco,
1998:714).
Lacan denomina de "função
simbólica" o princípio inconsciente único em torno do qual se organiza a
multiplicidade das situações particulares de cada sujeito o conceito de
simbólico é inseparável de outros três conceitos: o significante, a foraclusão e o Nome-do-Pai.(Roudinesco, 1998:714).O significante precede e determina o significado, e é a
própria essência da função simbólica (sua "letra"). O Nome-do-Pai é o conceito mediante o qual a função simbólica
integra-se numa lei que significa a proibição do incesto.
"A foraclusão
é o mecanismo através do qual se produz a rejeição de um significante
fundamental para fora do universo simbólico do sujeito" (Roudinesco,
1998:245). Este significante foracluído, ou rejeitado "não é integrado no
inconsciente e retorna sob forma alucinatória no real do sujeito"
(Roudinesco, 1998:245). Desta forma, dizemos que na psicose há um foraclusão do
Nome do Pai, e portanto uma falha no simbólico, que faz com que o sujeito não
fantasie, mas delire.
A partir de 1953, O simbólico foi
definido como lugar do significante e da função paterna
Imaginário
O imaginário
é um registro psíquico correspondente ao ego (eu) do indivíduo. O indivíduo
busca no Outro (pessoas, amor, imagem, objeto) uma sensação de completude, de
unidade. No entanto, o Outro não existe para desenvolver a imagem com que o ego
(eu) quer ser sustentado. Estádio do espelho Ao assumir uma imagem,
instaura-se a “sensação” de falta, já que só conseguirá ver-se por completo
quando tiver a presença a de um Outro É a incompletude do ser humano
Real
“O
real é o registro psíquico que não deve ser
confundido com a noção corrente de realidade. O real é o impossível, aquilo que
não pode ser simbolizado e que permanece impenetrável no sujeito” (BRAGA, 1999,
p. 2).
Para
Rabinovich (2005), a estrutura borromeana implica uma equiparação das três ordens, real,
simbólico e imaginário, sendo que cada uma delas tem a mesma importância que as
demais. Cada um dos anéis se organiza de modo diferenciado do outro. Ao mesmo
tempo, esse processo permite que, depois essa organização se dê, ela se
auto-anule, pois, uma vez que são intercambiáveis, cada anel pode sempre ser o
outro.
Carolina Apolinario de Souza: via http://www.isepol.com/laboratorio/disciplinas/laboratorio1/disc19_simbolico.html acessado dia 01de março de 2016
LACAN, J.; "O tempo lógico e a asserção de certeza
antecipada, um novo sofisma" in Escritos, Rio de Janeiro: Zahar,
1998.
ROUDINESCO, E PLON, M; Dicionário de Psicanálise, Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/40795/os-registros-psiquicos-simbolico-imaginario-e-real:
acessado dia 01de março de 2016
Treviso.D apud. Imagiário, simbólico e Real. Grupo
de Estudos e Pesquisa Produção e Escrita
e Psicanálise. Via http://paje.fe.usp.br/~geppep/RSI.pdf
acessado em dia 01de março de
2016
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