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terça-feira, 1 de março de 2016

O SIMBÓLICO, O IMAGINÁRIO E O REAL

Simbólico 

Lacan denomina de simbólico o sistema de representação baseado na linguagem, ou seja, em signos e significações que determinam o sujeito à sua revelia, permitindo-lhe referir-se a ele consciente ou inconscientemente. "O simbólico é inseparável dos outros dois registros: imaginário e real, formando os três uma estrutura"(Roudinesco, 1998:714).
Lacan denomina de "função simbólica" o princípio inconsciente único em torno do qual se organiza a multiplicidade das situações particulares de cada sujeito o conceito de simbólico é inseparável de outros três conceitos: o significante, a foraclusão e o Nome-do-Pai.(Roudinesco, 1998:714).O significante precede e determina o significado, e é a própria essência da função simbólica (sua "letra"). O Nome-do-Pai é o conceito mediante o qual a função simbólica integra-se numa lei que significa a proibição do incesto.
"A foraclusão é o mecanismo através do qual se produz a rejeição de um significante fundamental para fora do universo simbólico do sujeito" (Roudinesco, 1998:245). Este significante foracluído, ou rejeitado "não é integrado no inconsciente e retorna sob forma alucinatória no real do sujeito" (Roudinesco, 1998:245). Desta forma, dizemos que na psicose há um foraclusão do Nome do Pai, e portanto uma falha no simbólico, que faz com que o sujeito não fantasie, mas delire.
A partir de 1953, O simbólico foi definido como lugar do significante e da função paterna

 Imaginário
O imaginário é um registro psíquico correspondente ao ego (eu) do indivíduo. O indivíduo busca no Outro (pessoas, amor, imagem, objeto) uma sensação de completude, de unidade. No entanto, o Outro não existe para desenvolver a imagem com que o ego (eu) quer ser sustentado. Estádio do espelho Ao assumir uma imagem, instaura-se a “sensação” de falta, já que só conseguirá ver-se por completo quando tiver a presença a de um Outro  É a incompletude do ser humano

Real
“O real é o registro psíquico que não deve ser confundido com a noção corrente de realidade. O real é o impossível, aquilo que não pode ser simbolizado e que permanece impenetrável no sujeito” (BRAGA, 1999, p. 2).
Para Rabinovich (2005), a estrutura borromeana implica uma equiparação das três ordens, real, simbólico e imaginário, sendo que cada uma delas tem a mesma importância que as demais. Cada um dos anéis se organiza de modo diferenciado do outro. Ao mesmo tempo, esse processo permite que, depois essa organização se dê, ela se auto-anule, pois, uma vez que são intercambiáveis, cada anel pode sempre ser o outro. 






Carolina Apolinario de Souza: via http://www.isepol.com/laboratorio/disciplinas/laboratorio1/disc19_simbolico.html acessado dia 01de março de 2016
LACAN, J.; "O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada, um novo sofisma" in Escritos, Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
ROUDINESCO, E PLON, M; Dicionário de Psicanálise, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.


Treviso.D apud. Imagiário, simbólico e Real. Grupo de Estudos  e Pesquisa Produção e Escrita  e Psicanálise. Via http://paje.fe.usp.br/~geppep/RSI.pdf acessado em  dia 01de março de 2016

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